sábado, 9 de julho de 2016

Diálogo Ubuntu: Feminismo negro pra quê?




No dia 17 de Julho de 2016, às 13 h, o Saguão da Estação Ferroviária (centro de Bauru) será palco para o debate "Diálogo Ubuntu: Feminismo negro pra quê?", que tem como objetivo discutir a realidade da mulher e de jovens negros no Brasil.
A mesa de discussão sobre o feminismo negro contará com a participação de Silvia Regina Almeida, Coordanação de Desenvolvimento de Projetos e Sustentabilidade do Instituto Omolara Brasil/Rio de Janeiro, Clátia Regina Vieira, membro do Fórum Estadual das Mulheres Negras do Rio de Janeiro e Coordenadora da Marcha Nacional das Mulheres Negras contra o racismo e a violência e pelo bem viver, Eliana Custódio, coordenadora da área de Empreendedorismo no Instituto Omalará Brasil, Patrícia Alves, Coordenadora de Estudos e Pesquisas do Instituto Omolara Brasil/SP-Bauru.

Além do debate, haverá tutorial de turbantes com Greice Luiz, Nina Barbosa e Ozias Japhette; tutorial de trança com Bruna Brunex, e o desfile com a temática "As negas podem ser o que elas quiserem”.

Realização: NUPE (Núcleo Negro da UNESP de Pesquisa e Extensão) Charloo e Instituto Omolara.

Apoio: Secretaria da Cultura de Bauru, Só Preta sem Preconceito, Instituto Omalará Brasil- RJ, Fórum das Mulheres Negras do Rio de Janeiro, Conselho da Comunidade Negra de Bauru.


A Estação Ferroviária de Bauru foi palco, ontem, de um amplo debate sobre os desafios enfrentados pela população negra, em especial as mulheres, que ainda se veem  diante de limitações de oportunidades por estarem inseridas em uma sociedade racista e machista. No saguão da Estação, o encontro, que teve entrada gratuita e aberta à população, reuniu representantes de grupos e instituições do Rio de Janeiro e Bauru para a palestra “Diálogo Ubuntu: Feminismo negro pra quê?”.
Entre elas, estavam Silvia Regina Almeida, do Instituto Omolara Brasil/Rio de Janeiro; Clátia Regina Vieira, membro do Fórum Estadual das Mulheres Negras do Rio de Janeiro e coordenadora da Marcha Nacional das Mulheres Negras contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver; Eliana Custódio, coordenadora da área de Empreendedorismo no Instituto Omalará Brasil; e Patrícia Alves, do Instituto Omolara Brasil/SP-Bauru.
“Foi ressaltada a importância de fortalecer o empreendedorismo entre os negros, que são alvo de discriminação em todas as esferas da sociedade, seja na educação, no trabalho, na política e no atendimento de saúde. A cor da pele nos impõe diferenças de oportunidades, conquistas e valorização”, aponta Greice Luiz, primeira-secretária do Conselho da Comunidade Negra de Bauru e idealizadora do evento, junto com Patrícia Alves.
“Por isso, a mensagem que ficou é de que os movimentos afirmativos precisam continuar para fortalecer a identidade do negro em meio a este ambiente hostil”, completa Greice. Neste sentido, além do debate, o evento promoveu atividades para valorizar a estética e a música com matrizes africanas e afro-brasileiras.
Beleza
Na programação, estavam oficinas de turbantes, tutorial de tranças, exposição de brincos feitos com sementes e o desfile com a temática “As negas podem ser o que elas quiserem”. “O objetivo do desfile foi apresentar a diversidade da mulher negra. Ao todo, participaram 18 meninas, com tons de pele diferentes, altas, baixas, magras ou cheia de curvas, com cabelo afro ou cacheado. E todas muito bonitas”, detalha Greice.

Durante o desfile, Jô Moura trouxe suas vivências enquanto mulher e negra por meio de sua música, juntamente com um grupo de percussionistas para fortalecer as raízes do seu canto. O evento foi uma realização do Núcleo Negro da Unesp de Pesquisa e Extensão (Nupe) Charloo e Instituto Omolara, com apoio da Secretaria Municipal de Cultura, comunidade do Facebook “Só Preta sem Preconceito”, Instituto Omalará- RJ, Fórum das Mulheres Negras do Rio de Janeiro e Conselho da Comunidade Negra de Bauru.